Empresas que não adotam métodos sustentáveis podem perder negócios em 2022

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Em um planeta ameaçado de extinção em diversos aspectos, já era hora de o setor privado priorizar a sustentabilidade como fator indispensável da cadeia produtiva e também do comércio. Até a primeira metade do século XX o sistema capitalista via o meio ambiente como um recurso inesgotável, que pudesse ser reparado por meio do próprio capital que pudesse contar com uma economia acelerada e forte. No entanto, em 1968 um grupo formado por importantes personalidades da ciência, da indústria e da economia se reuniram para debater a necessidade urgente de medidas que poupassem o meio ambiente de um desastre inevitável caso o mercado continuasse o posicionando como um mero recurso para o setor produtivo.

A partir de então, novas teorias foram debatidas e surgiu o conceito de sustentabilidade, que, aliado ao meio ambiente, trazia à nossa geração a obrigação de deixar o planeta habitável para as próximas que viessem. A sustentabilidade revolucionou a economia e agora atingiu o ponto de maior força do capitalismo: tornou-se condição imprescindível para as grandes indústrias e empresas, que, além de adotar práticas sustentáveis em sua cadeia produtiva, também dão o exemplo para as outras e ameaçam romper relações com parceiros que negligenciam questões ambientais, sociais e de governança.

Não é só sobre sustentabilidade

O Brasil sempre foi um país de grande potencial e riqueza, mas que ainda sofre com a desigualdade e problemas sociais e ambientais. Temos uma das maiores e mais importantes florestas do mundo que é atacada todos os dias pelo desmatamento ilegal. Os pontos fracos do Brasil exigem a mobilização e a proteção do que há de forte aqui dentro: nossas grandes empresas.

Assim, o conceito de sustentabilidade deu origem a filosofias como ESG – Environmental, Social e Governance (Meio ambiente, social e governança). O ESG serve para avaliar as boas práticas da empresa nesses três pilares. Hoje, vamos falar um pouco mais sobre cada um deles e sobre como as empresas têm colocado essa filosofia em prática.

Environmental (Ambiental)

É possível produzir causando cada vez menos dano ao meio ambiente. As iniciativas são relacionadas à estratégias de descarte correto de resíduos sólidos, redução do uso de plástico, instalação de torneiras econômicas, políticas de conscientização ambiental para os colaboradores, evitar o uso de energia considerada poluente ou esgotável, entre outras medidas.

Um dos principais fatores que tem sido observado é a redução do uso de papel. A tecnologia atualmente nos permite a circulação de informações de forma prática sem a necessidade de que se consuma papel como há 20 anos, por exemplo. Porém, é preciso direcionar esforços nessa causa, e é um dos motivos pelos quais o ESG é considerado uma filosofia, porque mobiliza as pessoas pela conscientização da necessidade de agir ativamente para essa causa.

A redução do consumo de papel é possível e já vem sendo feita pelas empresas que se colocam com responsabilidade ambiental no mercado. A transformação digital veio para ficar e também para salvar o meio ambiente. A Soluarq, especializada em Gestão Documental de todo o ciclo de vida do documento (desde a gestão do acervo físico até o descarte seguro e ecologicamente correto do material) acredita nesta causa e vem ajudando outras empresas a adotarem as práticas de ESG começando pela redução do uso de papel, que afeta o meio ambiente positivamente de duas formas: evita o descarte de resíduos e reduz a demanda celulose, o que tem como consequência final uma redução no desmatamento das árvores.

Social (Sociedade)

Por mais que nosso setor privado consiga crescer e gerar riqueza, não adianta fechar os olhos para os nossos problemas sociais. Temos uma quantidade preocupante de pessoas socialmente vulneráveis em nosso país e também é nosso dever adotar alguma medida para contribuir com uma causa que, embora não pareça nossa, é. As empresas que tiveram destaque no pilar Social no Guia Melhores do ESG 2021 pela Exame deram um excelente e inédito exemplo de filantropia, mobilizando somas vultosas para contribuir com o combate à Covid 19.

A iniciativa demonstra que o mercado começa a olhar para a sociedade como um todo, tomando-a como parte dele e finalmente chegando à compreensão de que um mercado forte em um país com problemas sociais graves como os nossos nunca será um mercado maduro. Sem pessoas com autonomia, saúde e dignidade, também não temos negócios.

Dentro deste pilar, também é observada a forma como a empresa trata os seus colaboradores. Se cria planos de carreira, defende a diversidade, respeita os direitos trabalhistas e concede benefícios e ainda outros fatores. A ideia aqui é principalmente identificar uma preocupação real com o bem-estar da equipe e adotar as práticas para obtê-lo.

Governance (Governança)

Por fim, mas não menos importante, as práticas de Governança se referem às melhores práticas de gestão corporativa. Como diversidade no conselho, ética e transparência, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, canal de denúncias e outros relacionados à forma como a liderança determina a estrutura e funcionamento da empresa sempre com observância à obediência da lei e idoneidade.

O ESG promete levar as empresas a uma realidade de mais qualidade para o mercado, a sociedade, o meio ambiente, a equipe e ao consumidor. Todos os que trabalham em prol dessas causas têm tido reconhecimento, do mesmo modo que as empresas que não apresentam tendências para adotar nenhum desses pilares passam a ser vistas com mais desconfiança por um mercado rumo a uma atuação mais consciente.

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